sábado, 15 de janeiro de 2011

Vazio

Queria ter um super texto pra postar, queria usar as palavras mais impactantes e tudo o que houvesse pra transformar em texto, prosa ou o que for, a dor que sinto agora.
Esse post é mais um desabafo, é um exorcismo, uma tentativa de por pra fora o que me faz mal.
Sinto-me triste e só.
Sinto-me fraca e fracassada.
Sinto-me vazia de algo bom.
Todo fim deixa uma marca, uma ferida que as vezes demora pra virar cicatriz. E agora me vejo às voltas com mais uma ferida pra curar e ver o tamanho da cicatriz que isso vai me deixar.
E o pior disso tudo é saber que o corte poderia ter sido evitado, seu eu tivesse mais cautela e mais paciência. Mas às vezes é preferível a dor do corte do que a certeza da morte.
Me pergunto o que faço com o que ainda resta em mim. Pra onde mando o sentimento que ainda tenho? Onde é que eu vou guardar o que ninguém quer?
De volta ao porão apertado de dias mais solitários, menos felizes, mais vazios...
Dá pra entender?
A velocidade de certas mudanças põe minha cabeça em surto. "Até ontem tudo estava aqui, casa, sol, felicidade e nós... " (ah Leoni...). E agora não há nada, não existe "nós"... agora é cada um por si... numa distância fria e que dói, dói muito mais do que eu podia esperar.
O pensamento de ordem é acreditar que isso passa. Que essa dor passa, que as lágrimas secam e que tudo volta ao normal algum dia.
Mas até isso chegar, é preciso percorrer esse caminho, onde eu me apego as lembranças, as fotos, as músicas, pra chorar tudo o que eu puder e o que eu quiser... se a dor é minha de algum jeito, eu faço com ela o que eu quiser.
São dias chatos, difíceis... dá vontade de ligar, de pedir pra voltar, de pedir pra esquecer e poder abraçar de novo. Mas não é tudo tão simples assim.
Do outro lado existe um monte de sentimentos que devem ser considerados e respeitados.Sempre!!

Mas por enquanto é isso. Dói, não escondo que dói.
Só quero saber quando é que passa!

Canção do Dia: O anjo mais velho - O Teatro Mágico



Um comentário:

  1. “O tempo passa. Mesmo quando parece impossível. Mesmo quando cada batida dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa..."

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