sábado, 19 de setembro de 2009

Acordei sem querer

Perguntei para mim até onde valeria a pena acreditar. Sem muita surpresa ouvi que não adiantaria interrogar, não adiantaria questionar. Fosse como fosse, o comportamento dele seria tal e qual como vejo: frio, distante e arredio. Ele é assim. Essa constatação não é nada fatalista, determinista ou coisa do tipo. É uma evidência. É um fato tão evidente por si só que torna-se desnecessária e inútil qualquer tipo de insistência ou tentativa de aproximação.
Seria um bom exemplo do que eu chamaria de “diferença de perspectiva”: para um é pouco, para o outro é excesso. Popularmente conhecido como “divergência de opinião”.
Então, diante de todas as evidências e das mal sucedidas tentativas de compreender ou ao menos decodificar as atitudes dele, decidi não mais dar preferência a quem me trata como descartável opção. Definitivamente não sirvo para suportar esse tipo de tratamento.
É muito simples resolver tudo em palavras: sim, não, é, não é ...
Não sou dotada de nenhuma capacidade telepática que me faça capaz de adivinhar o que se passa. E confesso não ter o mínimo de interesse nesse tipo de habilidade.
Se as pessoas podem falar, verbalizar, externar sentimentos por meio de palavras, que mal há nisso?
Falar.
Explicar.
Se arriscar.
Ou pelo menos tentar.
O fato é que constatei que não adianta acreditar. Pelo menos nesse caso acreditar não é o tipo de atitude que resultaria em algo proveitoso e/ou positivo.
O positivo disso tudo, se é que há algo nesse nível, é que a culpa dessa vez não é minha. Ao menos dessa vez.
E o mais incrível disso é que dessa vez eu não me importaria se a culpa fosse minha, ao menos assim doeria um pouco menos perceber que o quê ou quem eu queria faz de tudo para desconstruir o que poderia até ser sonho.
Acho que acordei então...

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